Após oito anos de estrada, algumas mudanças de formação e, consequentemente, de sonoridade, Criaturas lança seu primeiro álbum de estúdio, curiosamente intitulado "O Sexto Dedo". O repertório do disco é composto por 13 canções, e soará inédito até para aqueles que acompanharam de perto a história do grupo.
O disco, produzido por Alvaro Ramos e Fred Teixeira, contou com a participação de Du Gomide nas guitarras e do gaúcho Gra Anzola nos teclados. Além disso, Fábio Elias (Relespública), Coxinha (ex-Catalépticos e Hillbilly Rawhide), Andreza Michel (ex-Gianninis e Uh La La) e Kátia Aguiar (ex-Bidê ou Balde e Uh La La) também dão o ar de sua graça.
Mas as participações não param por aí. Dos instrumentos que compõem a sonoridade do disco, tem ainda acordeom, sítar, bandolim, violino, metais e banjo. Tantas participações vindas de diferentes nichos musicais vêm enfatizar a diversidade sonora encontrada no disco.
O álbum passeia por influências do jazz em O Homem Mosca e A Nossa História, passa pela MPB em Vou te Esquecer e O louco, arrisca um folk divertido de final psicodélico na canção Tábata; algo entre um fado e uma polka (seria mesmo?) em Insuportavelmente Só, além do funk de Shut Up, do pop quase descarado de Endless Night e das baladas rock que sempre fizeram parte do repertório sonoro da banda.
Por tudo isso, o disco surpreende. E é assim, mais pela música do que por rótulos, que Criaturas se despede de seu seleto grupo de fãs. Mesmo sem nenhum sinal de voltarem à ativa tão cedo, eles garantem: Criaturas nunca acabou.